Ethereum 2.0: Tudo que você precisa saber
Embora a tecnologia de blockchain ainda seja relativamente nova, seu potencial é mais do que evidente. Essa tecnologia está revolucionando quase todos os setores do mercado global hoje. Ele revolucionou e transformou completamente vários setores, como saúde, agricultura, fintech, bancos, etc.
As criptomoedas, como todos sabemos, são ativos digitais e, em janeiro de 2020, havia mais de 2.000 delas que você podia comprar em exchanges como a KuCoin. O Ethereum conquista um lugar como a segunda maior criptomoeda por capitalização de mercado, perdendo apenas para o Bitcoin. Seu principal objetivo é servir como uma blockchain descentralizada que permite aos usuários construir aplicativos descentralizados (DApps) e contratos inteligentes.
Desde seu lançamento público em 2015, a blockchain do Ethereum passou por quatro atualizações principais. Introduziu a Homestead em 2016, a Metropolis Byzantium no ano seguinte e a Metropolis Constantinopla e Istanbul em 2019. Com o esforço contínuo para tornar o espaço descentralizado mais acessível a todos, atualizou de sua versão mais antiga para uma mais recente, o Ethereum 2.0 (Fase 0 — Beacon Chain), em 1 de dezembro de 2020.
O que é Ethereum 2.0?
Como mencionado acima, Ethereum 2.0 é uma atualização da blockchain do Ethereum existente. Também conhecida como Serenity na blockchain, esta inovação visa melhorar a funcionalidade e o desempenho do Ethereum de diversas maneiras, como velocidade, eficiência e escalabilidade da rede. Ele aborda vários problemas e, em última análise, aumenta o número de transações possíveis na rede sem comprometer sua segurança.
Essa inovação foi muito esperada e, felizmente, correspondeu às expectativas até agora. Construído por nove equipes de engenharia financiadas pela comunidade e fundação Ethereum, é uma abordagem razoável para conectar diferentes tipos de clientes à rede do Ethereum.
No entanto, chamar essa inovação de atualização pode estar um pouco errado. É um projeto totalmente distinto — Ethereum 2.0 — que apresenta algumas mudanças imediatas na arquitetura e designs das versões anteriores. A arquitetura do Ethereum era mantida anteriormente pelo mecanismo de consenso de Proof-of-Work (PoW — Prova de Trabalho), mas pretende ser trocada para Proof-of-Stake (PoS — Prova de Participação). Essa atualização tornaria a validação da transação mais economicamente viável e democrática. Em essência, as duas mudanças fundamentais em sua estrutura são Sharding e PoS.
O que é Sharding?
Sharding é uma abordagem prática adotada na indústria de blockchain que garante escalabilidade e permite o processamento de mais transações por segundo. Trata-se de dividir uma blockchain em várias blockchains chamados shards. Além disso, torna toda a rede melhor porque divide a carga de trabalho entre os validadores. Cada validador é responsável por qualquer informação relacionada a seus shards alocados. Além disso, a rede os embaralha entre os fragmentos para evitar o risco de manipulação. A Beacon chain é responsável pela coordenação e comunicação entre os fragmentos mencionados.
O que é Proof-of-Stake (PoS — Prova de Participação)?
O conceito PoS é um mecanismo de consenso que permite aos usuários participar da validação de blocos, bloqueando suas moedas. Isso denota que quanto mais moedas você tem como validador, mais poder você possui. Como alternativa ao PoW adotado anteriormente, onde os mineradores fazem todo o trabalho e protegem a rede em troca de taxas de transação e recompensas por bloco, no PoS, não há mineradores. Em vez disso, apenas validadores escolhidos criam novos Ethers e processam transações de forma algorítmica.
Em essência, os validadores propõem novos blocos, oferecem armazenamento, largura de banda e poder de computação para validar transações em recompensa por pagamentos ETH periódicos. Esses validadores são obrigados a fechar um contrato de depósito de 32 ETH, que é uma forma de depósito de segurança que eles podem perder em caso de negligência. Portanto, essa abordagem é eficaz na eliminação de validadores desonestos.
A principal vantagem desse conceito é que ele é muito mais eficiente em termos de energia do que o PoW. Ele separa completamente o processamento do computador de alto consumo de energia do algoritmo de consenso. Isso significa que proteger uma blockchain não precisa mais de muito poder de computação.
Como funciona o Ethereum 2.0?
O componente mais crítico dessa inovação são os validadores. Esses indivíduos são os principais responsáveis pela manutenção da rede. Cada validador possui duas chaves primárias, uma chave de retirada e uma chave de assinatura. Eles usam essa chave de assinatura para realizar várias tarefas na blockchain, que podem incluir;
Relato de práticas ilícitas e intenções maliciosas de outro validador;
Propor e adicionar blocos a uma das shard chains ou beacon chains;
Confirmando a autenticidade da shard e Beacon chain. Como essas tarefas são fundamentais para a manutenção da rede, a chave de assinatura deve estar online o tempo todo.
Por outro lado, a chave de saque é necessária para realizar as tarefas relacionadas aos fundos. Ao contrário da chave de assinatura, não é necessário mantê-la online 24 horas por dia, 7 dias por semana. No entanto, seu titular deve mantê-lo muito seguro, pois detém o controle sobre os fundos. Antes de se tornar um validador, você deve bloquear 32 ETH na cadeia de beacon.
Os validadores não funcionam como uma entidade única. Normalmente, eles formam um comitê com no mínimo 128 validadores. Este comitê vota na cabeça da blockchain usando várias formas de projeção de votos, que podem ser os votos Casper FFG ou votos fantasmas LMD.
O que diferencia o Ethereum 2.0 do Ethereum?
O principal fator de distinção entre as duas blockchains é o mecanismo de consenso adotado. O Ethereum implementa o mecanismo PoW, enquanto o Ethereum 2.0 implementa a abordagem PoS.
O PoW consome muita energia e envolve a decodificação de conjuntos de equações matemáticas complexas usando a capacidade de processamento do hardware do computador. Eles também usam esse poder computacional para verificar novas transações. O primeiro minerador a decifrar o quebra-cabeça adiciona uma nova transação que contém os registros de transações anteriores que constituem a blockchain.
Por outro lado, o consenso PoS envolve o bloqueio de cripto holdings para verificar as transações por validadores como uma alternativa aos mineradores. Os validadores só podem propor com base no tempo e no valor em cripto que possuem. Sempre que a maior parte dos validadores afirma ter visto o bloco, a rede o adiciona à blockchain e eles recebem sua recompensa por propor os blocos com sucesso. É assim que ocorre o mint e forgoing.
Como o Ethereum 2.0 é melhor escalado do que a versão anterior?
Conforme mencionado acima, a escalabilidade é um dos principais motivos que desencadeou a atualização para o Ethereum 2.0. Com a versão anterior, a rede só podia suportar cerca de 30 transações por segundo. Essa taxa de transferência levou a atrasos transacionais e congestionamento. No entanto, o Ethereum 2.0 promete cerca de 100.000 transações por segundo. Esse aumento significativo é resultado da implementação de shard chains.
Como o Ethereum 2.0 é mais seguro do que o Ethereum 1.0?
A ideia principal por trás da atualização da blockchain do Ethereum existente é garantir mais segurança em cada transação. Muitas redes PoS apresentam apenas um pequeno conjunto de validadores, o que explica a instável segurança da rede.
No entanto, o Ethereum 2.0 requer um conjunto significativo de validadores, de cerca de 16.350, tornando-o uma plataforma mais descentralizada, à prova de adulteração e segura.
Além disso, a Ethereum Foundation está procurando criar uma equipe de segurança dedicada a essa inovação. Essa equipe pesquisará outros possíveis problemas de segurança cibernética no setor. De acordo com Justin Drake, membro da equipe de pesquisa, a pesquisa incluirá várias abordagens para garantir a segurança de todos os ativos na blockchain.
Como o Ethereum 2.0 afetará o preço do Ethereum em 2021 e depois?
Nem é preciso dizer que escalabilidade significa mais uso. Isso, por sua vez, implica em mais demanda. Portanto, de acordo com as teorias disponíveis, isso deveria pelo menos impulsionar o preço do Etherum a patamares mais significativos. Quando os rollups e o Ethereum 2.0 funcionam juntos, os investidores e indivíduos se beneficiam da capacidade de 100.000 transações por segundo. Isso significará uma experiência totalmente perfeita para os interessados no espaço cripto.
Em essência, conforme a escalabilidade melhora, a demanda dispara e, por fim, o preço segue o exemplo.
Há algum risco associado ao Ethereum 2.0?
Sim, existem alguns deles. Como um holder do Ethereum interessado no ETH 2.0, você pode enfrentar os seguintes riscos principais:
- Desligamento do provedor de serviços antes da etapa 1.5;
- A transferência de via única da Beacon chain e a rede podem bloquear seus fundos até a fase 1.5.
O que o futuro reserva para o Ethereum 2.0?
Desde o seu lançamento, o Etherum está se desenvolvendo e crescendo. Bem mais de 1500 projetos foram construídos nesta blockchain. Vitalik Buterin, o co-fundador do Ethereum, traçou um roadmap de como os próximos anos poderiam ser o Ethereum 2.0. A atualização ocorrerá em três fases, 0, 1 e 2.
Lançada em 1 de dezembro de 2020, a primeira fase 0 implementa a Beacon chain. Ela armazena o registro dos validadores e inicia o consenso do PoS. Após esta primeira fase, vem a fase 1. Programada para algum tempo em 2021, esta fase implementará shard chains, dividindo em última instância a blockchain do Ethereum em 64 cadeias distintas. No último estágio, os shards começarão a funcionar totalmente com compatibilidade total com contratos inteligentes. Programado para lançamento em 2021 ou 2022, esta versão será uma atualização com vários recursos recém-adicionados.
Considerando esses benefícios adicionais e escalabilidade, o Ethereum 2.0 certamente atrairá mais curiosidade dos investidores nos próximos anos.
